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História
Banhada pelo Rio Moxotó (rio ou planície de índios bravios), Sertânia, que significa cidade sertaneja, tem suas origens ligadas à uma das mais belas histórias de amor, que teve como cenário o próprio rio, entre uma camponesa e um boiadeiro. As terras da Fazenda da Mata, hoje território do município, pertenciam a Raimundo Ferreira de Brito e Leandra Nunes de Vasconcelos, pais de Catarina Ferreira dos Santos – uma jovem muito bonita que despertava a atenção de quantos cavalheiros passassem pela região. Por volta do ano 1780, Antão Alves de Souza, boiadeiro, vindo de Vitória de Santo Antão, chegou ao Moxotó e inflamou um grande sentimento de amor no coração da jovem Catarina. As paragens do lendário rio Moxotó serviam de cenário para um romance que desabrochava.
Como o boiadeiro era pobre, os pais de Catarina resolveram oferecer ao jovem casal uma faixa de terra para que nelas começassem a vida. Nas terras do sogro existiam duas lagoas – a lagoa de cima e a lagoa de baixo – os noivos escolheram a parte de terra que pertencia a lagoa de baixo e transformaram-na em uma fazenda de criação.
A nova fazenda passou a denominar-se Alagoa de Baixo que logo transformou-se em núcleo habitacional.
O novo fazendeiro, na primeira década do século XIX, iniciou a construção de uma Igreja dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Em 1810, para comprovar seu amor e devoção, o boiadeiro concedeu boa parte da terra para o patrimônio da Santa. Nas proximidades da Igreja foram se edificando várias casas residenciais, dando origem à uma povoação.
Em 1842 a povoação de Alagoa de Baixo passou a ser distrito de Cimbres e em 24 de maio de 1873 tornou-se município.
Pelo decreto lei estadual nº 952, de 31/12/1943, o município, termo e a comarca de Alagoa de Baixo passaram a denominar-se Sertânia. Hoje a cidade compreende geograficamente 5 distritos (1º Sede; 2º Algodões; 3º Henrique Dias; 4º Rio da Barra e 5º Albuquerque-Né) e 7 povoados (Pernambuquinho, Waldemar Siqueira, Moderna, Caroalina, Várzea Velha, Umburanas e Cruzeiro do Nordeste).
Mudança de Nome
Desde a Monarquia, os políticos locais cogitavam de mudar o nome de Alagoas de Baixo pensando em adotar o topônimo Leopoldina(a primeira imperatriz do Brasil). Na República, surgiu por mais de uma vez essa idéia, chegando-se em 1931, a pedir ao Interventor Federal, que se desse à cidade o nome de Manoel Borba.
Ouvido o Instituto Arqueológico, este opinou no sentido de ser mantido o nome primitivo. Em 1943, foi sugerido o nome de Sertanópoles, não sendo aceito por existir uma localidade com igual nome no Paraná. Então, o Dr. Ulisses Lins de Albuquerque, sugeriu o nome de Sertânia, aceito com satisfação.
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